Quelimane meu amor
Tu és a minha querida cidade
Rainha da Zambézia
Terra de Paz e de Bondade
Iniciávamos, com esta primeira quadra da letra e música do saudoso professor de canto coral Tomás Firmino, a entoação do Hino da cidade de Quelimane em todas as efemérides a ela dedicadas. Quando, a 21 de Agosto de 2017, Quelimane soprar, uma vez mais, as velas de mais um aniversário da sua elevação à cidade, desta feita completando 75 anos de existência, certamente que nós outros, os mais velhos, cantarolaremos do que dele ainda nos lembrarmos.
Elevada à categoria de cidade pela portaria número 1, de 21 de Agosto de 1942, publicada no suplemento do BO número 32/1942, formalizando o despacho do então Ministro do Ultramar, Francisco Vieira Machado, na então cidade de Lourenço Marques, Quelimane veste-se de cor e alegria para os seus citadinos, bem como para receber os zambezianos e amigos da Zambézia no que se espera venha a ser uma grandiosa festa de arromba.
O que parecia não despertar de um sonho, desde 2011, irrompeu com força e vigor, e eis que chegam a Moçambique largas dezenas de zambezianos na diáspora, a caminho de Quelimane, vindos de diversos quadrantes do mundo para a grande festa e convívio desportivo, cultural e gastronómico a acontecer entre os dias 18 e 27 de Agosto de 2017.
Não faltarão as habituais corridas de bicicleta e de almadia, a que se juntará um carnaval flash 2017 e tradicional baile na antiga Associação Africana, abrilhantado por conjunto musical com músicas dos anos 60/70.
Em momentos mais solenes não deixaremos de prestar a merecida homenagem ao saudoso Né Afonso, o Tio Turutão, que regressa à terra que o viu nascer para o eterno repouso.
Assistiremos ainda ao lançamento do livro “Lampejos da Minha Memória” do Zambeziano António da Conceição Ruas e seremos, todos, testemunhas da apresentação pública da Associação dos Bons Sinais, entidade de cariz cultural e social sem fins lucrativos que se propõe promover o desenvolvimento de actividades diversas visando o levantamento do património histórico da Província da Zambézia e consequente mobilização de recursos e apoios para a sua recuperação.
Na praia de Zalala, à beira do Índico, receberemos os nossos compatriotas vindos de além-mar para o habitual e tradicional manjar dos deuses.